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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fontes Transcendentes de Ternura

Meditação sobre Deuteronômio 10.17-19


Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; que faz justiça ao órfão e a viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.


A ternura de Deus para com os humildes está arraigada em sua auto-suficiência transcendente. Isto significa que aqueles que amam enaltecer a grandeza de Deus (o que todos deveriam fazer, de acordo com Salmos 40.16) precisam deleitar-se na ternura para com os humildes. Deus exalta a auto-suficiência transcendente por amar o órfão, a viúva e o estrangeiro.
Deus é Deus sobre todos os outros deuses. Ele é o Senhor sobre todos os senhores. Ele é o Senhor sobre todos os senhores. Ele é “grande”. É “poderoso”. É “temível”. Com base nesta grandeza, Moisés disse que Deus “não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno”. Tudo isso enfatiza a auto-suficiência transcendente de Deus. Ele não aceita suborno, porque não tem motivo para aceitá-lo. Deus já possui todo dinheiro do universo, e controla o subornador. Ele está acima dos subornos como o sol está acima das velas ou como a beleza está acima dos espelhos.
Moisés também disse que Deus não faz acepção de pessoas. Ou seja, Ele não tenta conquistar o favor de alguém por meio de tratamento especial. Fazer acepção de pessoas é outro tipo de suborno, não com dinheiro, mas com tratamento privilegiado. Deus está acima disso, porque não precisa do favor dos outros. Se Ele quer que algo seja feito, não fica preso a estratégias coercitivas. Ele simplesmente o realiza. Fazer acepção de pessoas é o que você faz, quando não pode enfrentar as conseqüências da justiça. Mas Deus não é somente capaz de enfrentar essas conseqüências, Ele é a fonte de toda capacidade de enfrentá-las. Deus não depende de ninguém, além dEle mesmo. Ele é transcendentemente auto-suficiente.
Agora, temos a parte mais preciosa. Com base nessa auto-suficiência transcendente, Moisés disse que Deus “faz justiça ao órfão e a viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes”. Visto que Deus não pode ser subordinado pelo rico e não tem deficiências a serem remediadas por meio do favoritismo, Ele trabalha em favor daqueles que não se podem dar ao luxo de pagar subornos e que nada tem para atrair a parcialidade dEle—o órfão, a viúva e o estrangeiro. Esta é a razão por que eu disse que a ternura de Deus para com o humilde está arraigada em sua auto-suficiência transcendente.
Em seguida, temos a aplicação no versículo 19: “Amais, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito”. Isto não deve ser feito por sermos transcendentemente auto-suficientes. Deve ser feito por sermos os benefícios da abundante plenitude transcendente de Deus. Visto que o nosso Deus transcendente age por nós e nos satisfaz consigo mesmo, podemos nos unir a Ele em condescendência. Esta é a razão para crermos que continuaremos a ser beneficiários, se não tentarmos subordiná-Lo com nossas obras ou exibir-nos para conquistar a predileção dEle. Se nos conhecermos como pessoas em condição de desamparo, semelhante à de uma viúva, de um órfão ou de um estrangeiro e dependermos da espontânea graça futura de um Salvador auto-suficiente,seremos amados para sempre. E, sendo amados dessa maneira, teremos poder e prazer em amar como somos amados.
Isto é o que está subentendido em Tiago 1.27: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas atribulações”. Esta é a verdadeira religião, porque flui da auto-suficiência transcendente de Deus, é sustentada pela sua graça e ecoa para a sua glória. Isto não corresponde a fazer o bem socialmente. É uma evidencia da abundante provisão de Deus. Que Deus nos torne um povo cheio de ternura, para a glória de sua transcendente auto-suficiência!

John Piper
Pastor da Igreja Batista Bethlehem, em Minessota

Extraído de "Uma vida voltada para Deus" - John Piper, Ed. Fiel, 2007.


2 comentários:

  1. Estou amando seu blog Naíla... Deus te abençõe amiga... bjusss Alana

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  2. Naíla, seu Blog está a cada dia mais edificante. Parabéns!

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